A racional banalização da vida em nome da "justiça".
Muito triste
ouvir e ver notícias como as de hoje, a morte do cinegrafista Santiago em pleno
exercício de sua função, a vida se torna banal nestes casos. Como são tristes
tantas notícias de violência mundo a fora, temos que agir em favor da PAZ! De
uma Cultura de Paz! Em nossos locais de trabalho, em nossas casas, na rua e
onde quer que estejamos mão podemos mais admitir casos assim aquém quer que
seja. Triste ver pessoas falando em paz e justiça e ao mesmo tempo incentivando
a violência mesmo em sua forma mais sutil, ai a mais perniciosa; violência e
discriminação só geram mais violência. Creio que isso tudo seja fruto de uma
espiritualidade fraca, de um “ufanismo” seja político, religioso, étnico ou
econômico, mas sempre há um ufanismo e uma enorme racionalidade nestes atos,
isso mesmo, RACIONALIDADE! Jovens são aliciados e pagos para fazer baterna, destruir, matar... Logo, tudo isso é organizado, raciocinado. Como dizia Pascal, o homem é um caniço pensante, e
junto numa batalha age qual uma alcateia de lobos famintos. Tais atos, sejam de
torcidas, manifestantes e outros do gênero, atos são pensados, arquitetados e
construídos muitas vezes em nome de uma pseudo paz e com anuência dos que se
dizem pacíficos e religiosos, mas
claro, blasfemam. Até mesmo em ambientes de trabalho há os que desejam puxar
tapetes e ficar com o lugar de outrem; com sorrisos sínicos e tapinhas nas
costas, insinuam coisas, falam maldades, etc, em muitas famílias, outrossim,
está presente esta lógica da destruição do outro, nada mais que o reflexo de
uma humanidade doente ética e espiritualmente, uma sociedade da indiferença...
Mas podemos fazer a diferença se olharmos nosso próximo com outros olhos, com
os olhos que desejamos que outros nos olhem, apenas isso, se desejássemos e
fizéssemos aos outros que gostaríamos que a nós fosse feito, como na sábia regra
de ouro do Divino mestre tudo seria diferente. Nada é impossível de mudar, já
bradava Brecht.
Luís Antônio Vieira.
plav@plav.com.br
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