quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A racional banalização da vida em nome da "justiça".

Muito triste ouvir e ver notícias como as de hoje, a morte do cinegrafista Santiago em pleno exercício de sua função, a vida se torna banal nestes casos. Como são tristes tantas notícias de violência mundo a fora, temos que agir em favor da PAZ! De uma Cultura de Paz! Em nossos locais de trabalho, em nossas casas, na rua e onde quer que estejamos mão podemos mais admitir casos assim aquém quer que seja. Triste ver pessoas falando em paz e justiça e ao mesmo tempo incentivando a violência mesmo em sua forma mais sutil, ai a mais perniciosa; violência e discriminação só geram mais violência. Creio que isso tudo seja fruto de uma espiritualidade fraca, de um “ufanismo” seja político, religioso, étnico ou econômico, mas sempre há um ufanismo e uma enorme racionalidade nestes atos, isso mesmo, RACIONALIDADE! Jovens são aliciados e pagos para fazer baterna, destruir, matar... Logo, tudo isso é organizado, raciocinado. Como dizia Pascal, o homem é um caniço pensante, e junto numa batalha age qual uma alcateia de lobos famintos. Tais atos, sejam de torcidas, manifestantes e outros do gênero, atos são pensados, arquitetados e construídos muitas vezes em nome de uma pseudo paz e com anuência dos que se dizem pacíficos e religiosos, mas claro, blasfemam. Até mesmo em ambientes de trabalho há os que desejam puxar tapetes e ficar com o lugar de outrem; com sorrisos sínicos e tapinhas nas costas, insinuam coisas, falam maldades, etc, em muitas famílias, outrossim, está presente esta lógica da destruição do outro, nada mais que o reflexo de uma humanidade doente ética e espiritualmente, uma sociedade da indiferença... Mas podemos fazer a diferença se olharmos nosso próximo com outros olhos, com os olhos que desejamos que outros nos olhem, apenas isso, se desejássemos e fizéssemos aos outros que gostaríamos que a nós fosse feito, como na sábia regra de ouro do Divino mestre tudo seria diferente. Nada é impossível de mudar, já bradava Brecht.

Luís Antônio Vieira.
plav@plav.com.br 

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